"Moscou sempre adverte que conflitos podem começar na região da Eurásia. No entanto, nenhum aviso vindo de um país que está sendo retratado como um 'monstro' no mundo inteiro, em meio à operação militar especial na Ucrânia, foi levado em consideração", disse.
Segundo Altiparmak, as previsões da Rússia sobre a intensificação do conflito entre Israel e o Hamas não estão longe da realidade. Caso os Estados Unidos continuem a inflamar a guerra na região, o fim das hostilidades no Oriente Médio se tornará uma utopia, concluiu o autor.
"Países como Irã, Síria, Iraque, Egito e Jordânia estão em alerta contra Israel. Ao iniciar as suas operações em Gaza, Israel desencadeou na verdade uma grande guerra regional", acrescentou.
Além disso, o colunista pontuou que há interferência norte-americana em outras partes do globo.
"Enviaram navios de guerra na costa de Taiwan, assim como mísseis para a Europa através da OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte] e estabeleceram bases em quase todos os países europeus. Além disso, os EUA que provocaram a Ucrânia contra a Rússia, continuam a fornecer apoio armamentista ao regime de Kiev, incluindo munições proibidas", disse.
Conflito dura mais de 20 dias
Em 7 de outubro, Israel foi alvo de um ataque de foguetes sem precedentes a partir da Faixa de Gaza, como parte de uma operação conduzida pelo braço militar do Hamas. Após isso, combatentes do movimento entraram nas áreas fronteiriças do sul de Israel. Milhares de pessoas foram mortas e pelo menos 220 seguem reféns.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia apelou às partes envolvidas para que encerrassem as ações militares. De acordo com o presidente russo Vladimir Putin, a resolução da crise no Oriente Médio só é possível com base na fórmula "dois Estados" já aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU. O projeto que prevê a criação de um Estado palestino independente dentro das fronteiras de 1967, com sua capital em Jerusalém Oriental.