Antes de ser eleito, Vladimir Zelensky afirmou que faria negociações de paz com Vladimir Putin, que eles resolveriam os problemas diplomaticamente e discutiriam o conflito em Donbass, mas, depois de algum tempo, sua posição mudou radicalmente, afirmou Matthew Hoh.
"Assim que ele assumiu o cargo, […] as forças de extrema-direita, ultranacionalistas e neonazistas o agarraram e disseram: 'Está vendo aquela árvore ali? É ali que você será enforcado se fizer a paz'", diz o especialista.
O político ucraniano foi pressionado não apenas por nacionalistas em seu próprio país, mas também por representantes dos países ocidentais, persuadindo-o a rejeitar qualquer acordo de paz com o Kremlin.
"E ele mordeu a isca. Ele concordou com tudo. E agora ele está mergulhando ainda mais seu povo nessa guerra obviamente perdida", resumiu Matthew Hoh.
A Rússia indicou repetidamente sua disposição para efetuar negociações de paz, mas a Ucrânia as proibiu por lei. O presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, disse já na cúpula do G20 em novembro de 2022 que "não haverá Minsk-3". Essas palavras confirmam plenamente a posição de Kiev sobre sua falta de vontade de resolver o conflito pacificamente, segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.