Panorama internacional

Coreia do Norte não negociará soberania em meio à 'dupla face' dos EUA, diz irmã de Kim Jong-un

Kim Yo-jong atacou Washington por tentar simultaneamente se beneficiar de uma postura de negociação e de agressividade na península coreana.
Sputnik
A Coreia do Norte nunca negociará sua soberania com os Estados Unidos, e criticou Washington por sua "dupla face" por oferecer conversações enquanto aumenta as atividades militares na região, informou na quinta-feira (30) a agência norte-coreana KCNA, citando a irmã do líder norte-coreano Kim Jong-un.
Nesta semana aconteceu no Conselho de Segurança da ONU uma reunião que preparou o terreno para uma rara discussão pública entre a embaixadora dos EUA e o embaixador da Coreia do Norte, no caso, Linda Thomas-Greenfield e Kim Song, respectivamente. Ambos argumentaram que as atividades militares de seus países são defensivas.
Kim Yo-jong, vice-diretora do departamento do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores da Coreia norte-coreano, disse que os EUA demonstraram "padrão extremamente duplo" na reunião, quando falaram sobre o recente lançamento do primeiro satélite espião da Coreia do Norte.
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Kim citou Thomas-Greenfield, que elogiou os esforços para reabrir as conversações com a República Popular Democrática da Coreia (RPDC), ou Coreia do Norte, embora ela não tenha "base justificável" para negar o direito soberano ao desenvolvimento espacial por Pyongyang, escreve a KCNA.
Thomas-Greenfield também não conseguiu "apresentar uma justificativa mais lógica de como os Estados Unidos defendem o "engajamento diplomático" e a retomada do "diálogo", e ao mesmo tempo praticam "atividades militares provocativas do porta-aviões nuclear e do submarino nuclear dos EUA implantados na península coreana", disse a irmã de Kim Jong-un.
"Deixamos claro mais uma vez para os EUA, que pediram à RPDC que fixasse o horário e a agenda para retomar o diálogo entre a RPDC e os EUA."
"A soberania de um Estado independente nunca pode ser um item da agenda de negociações e, portanto, a RPDC nunca se sentará frente a frente com os EUA para esse fim", advertiu ela, culpando o "padrão duplo" e as "práticas arrogantes e arbitrárias" de Washington, e não o programa espacial de seu país, como perturbadores da paz e da estabilidade regionais.
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