"[...] Vimos claramente como o governo que emergiu daquele golpe de Estado, primeiro [Pyotr] Poroshenko e depois o sr. Zelensky, com leis que não poderiam ser aceitas em nenhum caso na União Europeia", afirmou.
Poroshenko chegou a declarar isso de forma bastante objetiva: "Nossos filhos em Kiev ou Lvov vão brincar nos jardins e seus filhos, os filhos de Donbass, Donetsk e Lugansk, vão ter que ficar nos porões". Para Couso foi isso que falhou: "Não compreender a diversidade e que havia uma parte do povo, que pertencia à Ucrânia naquela altura, que não se deixaria esmagar por um golpe de Estado, supostamente pró-europeu e pró-democrático, mas que escondia o pior lado do fascismo e do nazismo".
"Além disso, acredito que os Acordos de Minsk proporcionaram uma clara oportunidade para alcançar a paz e alcançar a integração em uma nova Ucrânia, o que daria espaço àquela parte que estava sendo reprimida militarmente e diretamente bombardeada. Portanto, houve um partido que não agiu de boa fé, porque depois tivemos nas declarações, declarações terríveis para a nossa credibilidade como cidadãos pertencentes à União Europeia, por parte de [ex-chanceler da Alemanha, Angela] Merkel e [ex-presidente da França, François] Hollande, que ficou claro que não o fizeram. Iam cumprir os Acordos de Minsk e o que fizeram foi enganar a Rússia para continuar a rearmar o Exército ucraniano até este se tornar o Exército mais poderoso da Europa", pontuou.