Em coletiva dada nesta terça-feira (9), no âmbito da visita à China, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, falou sobre a necessidade de combater as tentativas dos Estados Unidos de minar a segurança na região da Ásia-Pacífico.
O chanceler alertou que Washington continua com uma agenda de criar alianças politicas e militares na região da Ásia-Pacífico. Diante disso, ele alertou sobre a necessidade de assegurar a estabilidade na região.
"Temos falado muito sobre a necessidade de garantir a segurança e a estabilidade na região da Ásia-Pacífico, onde os EUA continuam a perseguir uma política de alianças militares e políticas privadas com membros limitados que são claramente dirigidas contra a China e a Rússia e que, entre outras coisas, visam destruir a arquitetura de segurança que se desenvolveu com base na Associação de Nações do Sudeste Asiático [ASEAN]."
"Enfrentamos a tarefa de construir a segurança da Eurásia. O presidente [Vladimir] Putin mencionou isso no seu discurso na Assembleia Federal. Juntamente com os nossos amigos chineses, concordamos em iniciar um diálogo sobre essa questão com a participação de nossos aliados", acrescentou o chanceler.
Lavrov afirmou que esse diálogo entre Moscou e Pequim tem desagradado os EUA e seus aliados. "Por isso eles estão promovendo na região suas abordagens baseadas em blocos, enfatizando particularmente a necessidade de a Organização do Tratado do Atlântico Norte [OTAN] entrar na região."
Nesta terça-feira, Lavrov se reuniu com o presidente chinês, Xi Jinping. Na reunião, o presidente chinês reforçou a disposição de Pequim para fortalecer a cooperação com a Rússia nas organizações multilaterais, a exemplo do BRICS e da Organização para Cooperação de Xangai (OCX), estabelecendo o fortalecimento de um diálogo de alto nível entre os países.
Durante o encontro, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia informou que uma visita do presidente chinês à Rússia, para um encontro com o presidente russo, Vladimir Putin, deve ocorrer ainda este ano.