Até o momento, não foram divulgadas informações detalhadas sobre como essa autoridade federal irá operar.
No entanto, o nome da pessoa que ocupará o cargo será anunciado pelo presidente na quarta-feira (15). Entre os cotados para a função estão Wolnei Wolf, secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, e Edegar Pretto, diretor-presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, confirmou a decisão durante entrevista ao GloboNews nesta terça-feira (14).
A proposta de estabelecer uma autoridade federal no estado foi discutida durante uma reunião ministerial presidida por Lula na segunda-feira (13). O objetivo principal é ter um representante do ente federal para supervisionar e coordenar atividades de reconstrução, principalmente nos primeiros meses após a calamidade.
Wolf mencionou que a estrutura da autoridade federal pode seguir o modelo da Autoridade Pública Olímpica (APO), que operou no Rio de Janeiro durante os Jogos Olímpicos de 2016. Essa autoridade temporária estava vinculada ao Ministério do Esporte e tinha autonomia financeira, entre outras atribuições.
Além da criação da autoridade federal, o governo federal anunciou uma série de medidas para auxiliar no enfrentamento da calamidade no Rio Grande do Sul.
Essas medidas incluem:
a suspensão da revisão cadastral de famílias beneficiárias do Bolsa Família;
a possibilidade de suspensão do pagamento de financiamentos de imóveis pelo Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) por até seis meses;
a suspensão do pagamento da dívida do Estado com a União por três anos no valor de R$ 11 bilhões, entre outras medidas.