Panorama internacional

Putin chama tarifas dos EUA sobre veículos elétricos chineses de 'concorrência desleal'

Durante sua visita à China nesta sexta-feira (17), o presidente Vladimir Putin disse que as tarifas dos Estados Unidos sobre veículos elétricos fabricados no país asiático são um "exemplo de concorrência desleal".
Sputnik
O líder russo analisou que, "infelizmente, da forma como o mundo funciona hoje, por vezes surgem situações relacionadas com a concorrência desleal. Foi assim que os americanos impuseram recentemente sanções à China ao transporte elétrico, aos carros elétricos. Por quê? Porque os carros chineses melhoraram", disse Putin.
Washington aumentou, na terça-feira (14), tarifas sobre US$ 18 bilhões (R$ 92,4 bilhões) em produtos chineses, incluindo veículos elétricos, baterias, semicondutores, aço, alumínio, minerais essenciais, células solares, guindastes de transporte marítimo e produtos médicos, enquanto manteve as tarifas da era Trump sobre mais de US$ 300 bilhões (R$ 1,5 trilhão).
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Ao mesmo tempo, o presidente afirmou que as sanções impostas sem a autorização da Organização das Nações Unidas (ONU) são ilegais, enquanto a sua propagação a terceiros países vai contra o bom senso.

"As sanções contra países terceiros – agentes econômicos – são duplamente, triplamente ilegais. Porque são impostas sem a autorização da ONU, não são legítimas em geral, por isso vão além do bom senso quando dizem respeito a países terceiros", respondeu Putin quando solicitado a comentar o impacto das sanções sobre pagamentos entre Pequim e Moscou, durante uma conferência de imprensa na China.

O presidente russo acrescentou que o fato de tais decisões serem tomadas afeta diretamente a economia global.
"Não só prejudica os países e os seus operadores a quem estas decisões se destinam, mas também [prejudica] a economia global em geral: a energia e outras esferas da atividade econômica também", afirmou.
Em um pacote abrangente anunciado pelo Departamento do Tesouro dos EUA no início deste mês, Washington sancionou quase 300 entidades na Rússia, China e outros países por seu comércio com Moscou.
Pequim classificou as novas sanções como "ilegais" e instou os Estados Unidos "a deixarem de difamar e conter a China e a parar de implementar sanções ilegais e unilaterais de forma desenfreada", com o governo chinês prometendo "tomar medidas", conforme noticiado.
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