Nesta segunda-feira (20), o vice-presidente iraniano, Mohsen Mansouri, confirmou a morte do presidente iraniano, Ebrahim Raisi, do ministro das Relações Exteriores do país, Hossein Amir-Abdollahian, e dos demais passageiros e tripulantes.
O helicóptero havia desaparecido na manhã de ontem, domingo (19), após fazer um pouso forçado em uma região montanhosa de difícil acesso, no noroeste do país, próxima às fronteiras com Armênia e Azerbaijão.
"Possivelmente, algumas linhas destinadas a reduzir o nível de tensão entre o Irã e Israel, e o Irã e os EUA, não tenham a curto prazo a continuação que elas tinham tido ultimamente. O presidente [Raisi] desempenhava um papel, ele tinha uma certa posição", opina o professor.
Baklanov ressaltou que os contatos para reduzir a tensão entre Teerã e Washington podem se tornar menos intensos. "Eles podem desacelerar tendo em conta o aumento das tensões no país que inevitavelmente se seguirá. Durante esses períodos, tenta-se não adicionar eventos importantes e possivelmente de alto perfil em política externa à agenda", disse o especialista.
Segundo ele, a discussão das razões do acontecido terá "caráter emocional", mas é improvável que isso mude a posição geral do Irã na linha de política externa.
"As principais [direções políticas da República Islâmica] não vão mudar. Este é um resultado de um entendimento muito mais abrangente que existe no Irã. Há espaço para a luta política. É uma espécie de democracia do plano oriental. […] A correlação de forças não pode ser radicalmente alterada devido à morte de alguém da liderança principal", observou o professor.
Por fim, ele disse que haverá mudanças no clima político doméstico: começará uma luta por cargos na liderança.