Os ministros das Finanças e chefes de bancos centrais do G7 — Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Canadá — vão se reunir na comuna de Stresa, no norte da Itália, na sexta-feira (24) e no sábado (25), para tratar do assunto, segundo a Reuters.
Um alto funcionário do Tesouro dos EUA, ouvido pela mídia em condição de anonimato, disse que os ministros estão tentando construir um consenso em torno de um plano que daria à Ucrânia dinheiro suficiente de forma antecipada e sinalizaria à Rússia que "não pode sobreviver" ao poder financeiro do Ocidente.
Quem administraria o empréstimo — o Banco Mundial ou alguma outra instituição —, como seria garantido, como os lucros futuros poderiam ser estimados e o que aconteceria em caso de um acordo de paz com Moscou são aspectos ainda por esclarecer, relata a agência.
As autoridades europeias estão particularmente cautelosas, com um diplomata da União Europeia afirmando que levaria "semanas, senão meses" para que uma decisão final fosse tomada.
A Itália está na presidência do G7 neste ano, e o seu ministro da Economia, Giancarlo Giorgetti, disse na semana passada que as propostas dos EUA sobre a utilização dos ativos russos tinham "implicações jurídicas bastante sérias", que ainda precisam ser esclarecidas.
Giorgetti acrescentou que estava sendo travada uma "guerra comercial", refletindo tensões geopolíticas, e alertou para o risco de "fragmentação do comércio global".
A Rússia alertou repetidamente ao Ocidente sobre as consequências caso os seus bens fossem tocados e acusou Washington de intimidar a Europa para tomar medidas mais radicais para frustrá-la na Ucrânia.
Segundo a mídia, Washington não está necessariamente pedindo aos seus parceiros que tomem medidas semelhantes contra a China, mas um responsável disse que é provável que pressione para que o comunicado do G7 expresse preocupação comum com o que os EUA chamam de "excesso de capacidade" industrial de Pequim.
A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, disse em Frankfurt na terça-feira (21) que os Estados Unidos e a Europa precisam enfrentar a "ameaça" das importações chinesas de uma "forma estratégica e unida" para manter os fabricantes viáveis em ambos os lados do Atlântico e promover o desenvolvimento das suas indústrias nacionais de energia limpa.