"Até agora, estamos muito distantes de qualquer movimento prático em direção a negociações. As razões são bastante claras. Em primeiro lugar, o regime de Kiev e seu líder proíbem-se de entrar em quaisquer negociações com a Rússia", disse Polyansky.
O diplomata russo lembrou que Vladimir Zelensky, cujo mandato terminou em 20 de maio, havia adotado um decreto no final de 2022 para não entrar em negociações de paz com a Rússia.
Além disso, há a questão da legitimidade em relação a Zelensky no caso da assinatura de qualquer documento oficial, já que o ucraniano continua no poder sem ter realizado as eleições conforme exige a legislação do país, disse Polyansky.
A Ucrânia deveria realizar uma eleição presidencial em 31 de março, mas foi cancelada pelo próprio Zelensky, que usou como justificativa a lei marcial e a mobilização geral que estão em vigor no país. Diante disso, disse que agora não era o momento certo para realizar eleições.
O presidente russo, Vladimir Putin, disse que os próprios sistemas político e legal da Ucrânia deveriam responder à questão da legitimidade de Zelensky após o término de seu mandato.
"É claro que estamos cientes de que a legitimidade do atual líder do país acabou", disse Putin, acrescentando que um dos objetivos da conferência de paz na Suíça para os países ocidentais é confirmar a legitimidade de Zelensky.
Ainda sobre a Ucrânia, Putin afirmou que a Rússia nunca rejeitou as negociações com Kiev. "No que diz respeito ao processo de negociação, falei muitas vezes sobre esse assunto, e aqui de Minsk gostaria de confirmar mais uma vez que a Rússia nunca rejeitou essas negociações", afirmou Putin.