"Aproveitaremos também, uma vez aprovada a Lei de Bases e o pacote fiscal, para avançar na redução significativa de impostos", disse neste sábado, no Dia da Pátria, na cidade de Córdoba, que comemora o 25 de maio de 1810, início do processo de independência da Coroa espanhola.
Milei usou tom conciliador para buscar acordo com os governadores das 23 jurisdições do país e anunciou ainda que após a aprovação de seus projetos no Congresso, criará um Conselho de Maio, composto por representantes de diferentes setores, para trabalhar no "Pacto de Maio", que ele propôs em 1º de março no Parlamento argentino. Na ocasião ele pediu aos governadores para que fundassem um pacto de dez princípios com a condição de que as Bases Legais e os Pontos de Partida para a Liberdade dos Argentinos fossem aprovados no Congresso.
A Lei Bases e Pontos de Partida para a Liberdade dos Argentinos, mais conhecida como "lei bases' ou 'lei omnibus", propõe ampla reforma do Estado com desregulamentações em diversas áreas. Os regulamentos conferem poderes legislativos ao presidente, permitem a privatização de empresas públicas e introduzem numerosas reformas de longo alcance e de natureza regressiva, tais como uma reforma laboral, fiscal.
Os projetos estão em debate no plenário das comissões do Senado e foram aprovados na Câmara dos Deputados em 30 de abril.
A lenta tramitação no Senado mostra a resistência do Congresso em aprovar as propostas de Milei.
"Não pode haver causa legítima para se opor à sagrada tarefa de reconstruir a nação. Não há especulação nem ambição que justifique o empobrecimento de nossa nação", argumentou o líder ultraliberal na busca pelos apoios políticos.
Um dos impostos a serem baixados seria o Para uma Argentina Inclusiva e Solidária (PAÍS), criado em 2019 sob a administração do governo do peronista de Alberto Fernández (2019-2023) para taxar a compra de moeda estrangeira.