"As sanções se provaram bastante inúteis, comparadas à grandiosidade do que os estrategistas dos Estados Unidos pensavam", disse Sachs em uma entrevista com o jornalista Tucker Carlson.
Na semana passada, o presidente Vladimir Putin enfatizou que as amplas sanções ocidentais criaram oportunidades de crescimento para a economia russa, apesar de causarem alguns problemas. Ao todo, são cerca de 16 mil medidas restritivas, o que faz do país o mais sancionado do mundo.
Para Putin, as sanções impostas à Rússia e à China constituem uma competição econômica desleal e, diante disso, vão desenvolver uma produção conjunta em resposta às medidas.
Incentivo à desdolarização
As sanções impostas à Rússia e aos esforços chineses no reforço do yuan podem afetar o uso internacional do dólar americano como reserva de valor, defendeu no início desta semana o membro do conselho do Sistema de Reserva Federal dos Estados Unidos (FED, na sigla em inglês), autoridade monetária estadunidense, Christopher Waller.
"O aumento das tensões geopolíticas, as sanções contra a Rússia, os esforços da China para reforçar o uso do renminbi [yuan] e a fragmentação econômica podem afetar a utilização internacional do dólar, mais visivelmente como reserva de valor e refletida na sua utilização em reservas cambiais oficiais", cravou Waller.
Os fatores listados também podem ter um impacto no papel do dólar americano como meio de troca, incluindo o seu uso no comércio, na banca global e nas transações cambiais, acrescentou o membro do FED.