"A aceitação da paz e o início das negociações é uma boa jogada, mas claramente nem a Ucrânia está disposta a se comprometer nos seus termos nem a Rússia. Na verdade, no cenário internacional, é possível que o Ocidente pressione a Rússia a estabelecer a paz, mas a decisão final é resolver os conflitos com as partes envolvidas. O Ocidente usou as ferramentas que podia para influenciar as ações da Rússia, mas em última análise, alcançar a paz requer um diálogo significativo e um compromisso de ambos os lados", explica Somia Mandaj, analista de relações internacionais, à Sputnik Irã.
"Parece que em alguns pontos as condições da Rússia para a paz com a Ucrânia são mais razoáveis do que as condições estabelecidas pela Ucrânia. Por exemplo, em caso de paz e de cessar-fogo, pode levar à retirada das forças russas de certas áreas da Ucrânia, e os custos financeiros e humanos são reduzidos. No entanto, o objetivo geral da Rússia neste conflito é […] impedir que o Ocidente avance em direção às fronteiras da Rússia, pelo que as condições para a paz podem, em última análise, ser a favor da Rússia. No entanto, o que torna as negociações de paz razoáveis são os resultados obtidos com a paz para a Ucrânia. Diz-se que nesta questão é melhor para a Ucrânia fazer uma escolha que seja racional e que evite novas perdas", conclui.