"Não incentivamos nem possibilitamos ataques fora da Ucrânia, mas a Ucrânia, como já disse antes, precisa tomar suas próprias decisões sobre a melhor forma de se defender efetivamente", Blinken disse a repórteres na Moldávia.
No início de maio, o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Jens Stoltenberg, disse que o direito de autodefesa da Ucrânia inclui atacar alvos militares legítimos fora do país. Ele afirmou que os países da OTAN devem levantar restrições sobre o uso de armas ocidentais pela Ucrânia para realizar ataques contra instalações na Rússia.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, respondeu dizendo que Stoltenberg havia excedido sua autoridade e que seu comportamento foi criticado pelos próprios membros da aliança.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, por sua vez, disse que o bloco militar liderado pelos EUA estava brincando com retórica militar, aumentando o grau de escalada do conflito.
Moscou alertou em várias ocasiões que os ataques ucranianos em território russo, utilizando equipamento militar fornecido pelo Ocidente, poderiam levar a um conflito direto com a OTAN.
A agência de notícias AFP, entretanto, citou fontes não identificadas que afirmaram que o governo de Kiev usou armas ocidentais "em diversas ocasiões" para lançar ataques contra o território russo, mais recentemente contra a cidade de Krasnodar, no sul da Rússia.
As fontes não especificaram quais objetos foram visados. O Ministério da Defesa russo havia dito anteriormente que as Forças Armadas ucranianas tentavam constantemente atacar o território da região russa de Krasnodar usando veículos aéreos não tripulados do tipo aeronave.
O presidente russo, Vladimir Putin, disse aos repórteres na terça-feira (28) que alguns membros da OTAN, especialmente os menores, "deveriam saber com o que estão brincando" quando sugerem permitir que Kiev lance ataques em território russo. Ele acrescentou que Moscou está acompanhando de perto tais declarações.