"As perspectivas de crescimento para a Europa continuam sombrias, já que quase 70% dos economistas preveem crescimento fraco até o final de 2024. Em outras regiões, espera-se que o crescimento global seja moderado, com uma ligeira melhora em relação à pesquisa anterior", destaca o documento.
As previsões de crescimento melhoraram em todo o mundo, especialmente nos Estados Unidos, onde 97% dos principais economistas da organização esperam crescimento moderado a forte este ano, em comparação com 59% em janeiro.
"As economias asiáticas também parecem resistir, e todos os entrevistados preveem pelo menos um crescimento moderado nas regiões do Sul da Ásia, Ásia Oriental e Pacífico.
As expectativas para a China são ligeiramente menos otimistas: três quartos esperam crescimento moderado da economia do país e apenas 4% um forte crescimento este ano", acrescenta o relatório.
O documento especifica que essas previsões se baseiam nas respostas de 63 economistas de grandes empresas multinacionais.
O Banco Central Europeu (BCE) lançou um alerta em meados de maio sobre a vulnerabilidade dos países europeus decorrentes de tensões geopolíticas e de taxas de juros persistentemente elevadas, devido à sua incapacidade de continuar a reduzir a sua dívida pública.
O BCE destaca que, um ano após o fim da emergência da COVID-19, muitas nações europeias não conseguiram reverter totalmente as medidas de apoio introduzidas para proteger os consumidores e as companhias do impacto da emergência sanitária e do conflito na Ucrânia. Por sua vez, isso gerou elevados níveis de inflação e aumentos nos preços de energia.
A instituição financeira considerou que os "elevados níveis de endividamento e as políticas fiscais frouxas" poderiam "aumentar ainda mais os custos dos empréstimos e ter efeitos negativos na estabilidade financeira da região europeia, onde vários países têm níveis significativos de endividamento".