Ao longo dos anos, muitas das políticas adotadas pela União Europeia, como as sanções econômicas à Rússia foram criticadas pelo líder do governo da Hungria, Viktor Orbán, a ponto de seu país estar
sendo ameaçado com punições políticas dentro do bloco devido a sua postura de neutralidade.
Declarações recentes discutindo o envio de tropas da OTAN para a Ucrânia e permitindo que
Kiev atacasse dentro da Rússia causaram uma ruptura dentro do bloco, principalmente entre a França e a Alemanha. Orban, por sua vez, tem mantido uma oposição consistente à escalada desde o início da operação militar especial da Rússia.
O
envolvimento cada vez maior da OTAN na guerra por procuração do bloco contra a Rússia suscitou preocupações a nível mundial. O primeiro-ministro recusou-se consistentemente a seguir cegamente as ordens agressivas do bloco liderado pelos EUA.
A alegada "ameaça russa" tem sido usada como desculpa para aumentar a presença militar da OTAN perto das fronteiras da Rússia. Mas Orbán observou que tais medidas eram um eco perigoso dos períodos anteriores às guerras mundiais.
Enquanto a Europa pondera um 14º pacote de sanções anti-Rússia, a Hungria tem afirmado repetidamente que elas não são apenas ineficazes, mas prejudiciais para a economia da UE.
"Não queremos desistir da cooperação económica com a Rússia", já afirmou Orbán
Em 2023, a UE impôs cotas aos Estados-membros para acolher migrantes do Oriente Médio e do mar Mediterrâneo. Orbán criticou a política de imigração da Europa, uma vez que milhares de migrantes representam um risco real à segurança.
A Europa é uma tendência demográfica perigosa. Orbán, um firme defensor dos incentivos financeiros para as famílias, falou sobre o assunto em encontros sobre estudos demográficos.
"Se a Europa não for povoada por europeus no futuro, e considerarmos isso como um dado certo, então estamos a falar de um intercâmbio de populações, substituindo a população de europeus por outras", afirmou o político.
Embora a Rússia tenha sido excluída de uma série de empreendimentos da UE, apesar dos esforços ocidentais, a Hungria continua a procurar uma cooperação frutuosa com Moscou.