Vladimir Zelensky discutirá a expansão das capacidades de Kiev com o chefe do Pentágono, Lloyd Austin, no sábado (1º), conforme noticiou o jornal Politico.
"Duas pessoas próximas ao governo Zelensky disseram que há alguma decepção em Kiev sobre o quão geograficamente limitado será o uso de armas americanas pela Ucrânia", disse a publicação.
Segundo as fontes ouvidas pela reportagem, que preferiram não se identificar, em Kiev consideram que é "apenas o começo" da decisão do líder americano. No sábado, entretanto, Zelensky deve discutir o levantamento da proibição.
Espera-se que os encontros ocorram em Cingapura, onde ambos chegaram para participar na cúpula do Diálogo Shangri-La.
Kiev recebeu nesta sexta-feira (31) uma mensagem dos Estados Unidos sobre a possibilidade de usar armas americanas fornecidas para ataques em território russo, disse Zelensky. Ele classificou o conteúdo da mensagem como um "passo em frente", mas sem fornecer detalhes.
Anteriormente, um representante do Departamento de Estado disse à Sputnik que o presidente dos EUA, Joe Biden, permitiu que a Ucrânia usasse armas americanas para combater alvos em território russo que ameaçam a área da Carcóvia, mas deixou em vigor a proibição do uso de mísseis de longo alcance.
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Jens Stoltenberg, observou que alguns aliados, incluindo o Reino Unido, forneceram à Ucrânia suas armas "sem quaisquer restrições" em meio a discussões sobre permitir que países da aliança restrinjam Kiev ao uso de armas ocidentais para atacar o território russo.
O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que os representantes dos países da OTAN devem estar cientes "com o que estão brincando" quando falam sobre planos para permitir que Kiev atinja "alvos legítimos" no interior do território da Rússia com sistemas de mísseis transferidos para as Forças Armadas da Ucrânia pelo Ocidente.