Panorama internacional

Pequim tomará 'todas as medidas necessárias' caso UE continue pressionando empresas chinesas

Nos últimos meses, a União Europeia tem realizado investigações sobre a produção chinesa de carros elétricos, locomotivas, células fotovoltaicas, equipamentos médicos e outros bens. Uma das acusações do bloco europeu é de concorrência desleal com as empresas locais.
Sputnik
"Se as palavras da União Europeia se desviarem dos fatos e a pressão continuar, a parte chinesa tomará todas as medidas necessárias para proteger resolutamente os interesses legítimos das empresas do país", disse o ministro do Comércio chinês, Wang Wentao.
Segundo a agência Xinhua, o ministro fez as declarações neste domingo (1º) em Barcelona, na Espanha, durante uma mesa-redonda com empresas espanholas de capital chinês. O ministro ressaltou que a União Europeia (UE) tem usado recentemente justificativas como "excesso de capacidade" e "concorrência desleal" por parte do gigante asiático para iniciar investigações sobre carros elétricos, locomotivas, células fotovoltaicas, equipamentos médicos e outros bens chineses.
Wang também indicou que, conforme os acordos alcançados após uma reunião anterior entre os líderes da China, França e o chefe da Comissão Europeia, a parte chinesa espera resolver adequadamente as tensões comerciais e econômicas existentes, levando em consideração as preocupações legítimas de ambas as partes e evitando a escalada das divergências.
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A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, declarou anteriormente que a UE está preocupada com a superprodução chinesa de "produtos artificialmente baratos" que inundam o mercado europeu, além dos problemas das empresas da UE para acessar o mercado chinês "em condições justas" e a transferência forçada de tecnologia. No entanto, Leyer enfatizou que não se trata de fechar mercados nem de protecionismo.
Já o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Wang Wenbin, declarou anteriormente que o desenvolvimento da China traz oportunidades para a Europa, e não riscos, além de considerar que o protecionismo não ajudará a UE a resolver os problemas existentes.
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