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Sanções anti-Rússia fortaleceram os laços com a China e minaram o Ocidente, diz analista francês

© Sputnik / Mikhail MetzelO presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente chinês, Xi Jinping, durante reunião informal em Pequim, na China, em 16 de maio de 2024
O presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente chinês, Xi Jinping, durante reunião informal em Pequim, na China, em 16 de maio de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 31.05.2024
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As sanções ocidentais contra a Rússia reforçaram os laços entre Moscou e Pequim, ao mesmo tempo que privaram a União Europeia (UE) de vantagens estratégicas e diminuíram sua autoridade sobre o mundo, afirma o cientista político francês Alexandre del Valle.
"O principal resultado da guerra econômica do Ocidente contra a Rússia foi o fortalecimento da parceria com a China e, em seguida, o alargamento do fosso entre o Ocidente e o resto do mundo", escreveu del Valle para a publicação Valeurs Actuelles.

"A nova convergência de interesses econômicos e políticos entre países não ocidentais, centrados na Rússia e na China, representará um sério desafio ao futuro domínio do Ocidente no sistema global."

Em seu texto, o cientista político detalha que os mercados emergentes já compensaram a maior parte das perdas comerciais entre a Rússia e o Ocidente, indicando uma reorientação significativa dos mercados globais.
Segundo o especialista, a "guerra econômica total" do Ocidente contra a Rússia "privou a União Europeia das suas vantagens geoeconômicas e estratégicas, bem como da sua autoridade perante todo o mundo não ocidental".
"O abandono do gás russo barato e mais ecológico em favor do gás do Catar e do Azerbaijão e do gás de xisto dos Estados Unidos minou a indústria europeia", disse, observando que a UE agora paga cinco vezes mais pelo gás do que os Estados Unidos.

"Moscou está aprofundando a cooperação com parceiros, como a China, que dão prioridade aos interesses econômicos nas suas relações com Moscou. A Europa é a única no mundo […] que sacrifica suas vantagens competitivas industriais."

Segundo Del Valle, ao tentar prejudicar a Rússia, a própria Europa caiu numa armadilha. A Rússia tomou a iniciativa no campo de batalha e está preparando uma ofensiva em grande escala em muitas frentes, enquanto Kiev enfrenta uma grave escassez de recursos e de pessoas.
Del Valle lembra ainda que o apoio da população ao presidente russo, Vladimir Putin, só se tornou mais forte e que o crescimento econômico da Federação da Rússia supera os indicadores europeus.
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O especialista alerta que o afastamento de uma estratégia de maior integração global poderá eventualmente levar ao abandono do dólar como moeda de reserva.

"A Rússia e os seus parceiros, incluindo os países produtores de petróleo do golfo Pérsico, a Índia e os países da Ásia Central e do Cáucaso, sem esquecer a Turquia, estão cada vez mais realizando pagamentos sem dólares, enfraquecendo assim o monopólio americano."

Mesmo que ainda esteja longe, em última análise isso poderá levar à destruição gradual do atual sistema regulatório global, à "desdolarização", aponta Del Valle.
O analista também destacou a imoralidade das sanções, que são "percebidas por muitos países não ocidentais como uma contradição óbvia das regras de direito e da moralidade consideradas sagradas para a Europa".
"Os países em desenvolvimento (China, Índia, Brasil e outros) ou a Ásia Central consideram essas sanções, que continuam aumentando (o 14º pacote está em desenvolvimento) e que não tiveram impacto na guerra, como minando os direitos de propriedade."

"Por isso eles deviam ser cautelosos com a possibilidade de que um número de países se recuse cada vez mais a aprofundar a cooperação com a Europa no futuro", acredita o cientista político.

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