Na última sexta-feira (31), Biden disse que Israel havia oferecido ao Hamas uma nova proposta, de três fases e com um roteiro que levaria a uma cessação duradoura das hostilidades na Faixa de Gaza, bem como à libertação de todos os reféns.
"Nós, os líderes do Grupo dos Sete (G7), apoiamos totalmente e apoiaremos o acordo abrangente delineado pelo presidente Biden que levaria a um cessar-fogo imediato em Gaza, à libertação de todos os reféns, a um aumento significativo e sustentado da ajuda humanitária […] e a uma saída duradoura para a crise, com os interesses de segurança de Israel e a segurança civil de Gaza assegurados", disse a presidência italiana do G7 em comunicado.
Os líderes reafirmaram o seu apoio a uma solução de dois Estados para a questão israelo-palestina, afirmou o documento.
"Apelamos ao Hamas para que aceite este acordo, no qual Israel tem prontidão para avançar, e instamos os países com influência sobre o Hamas a ajudarem a garantir que o faça", acrescentaram os líderes.
De acordo com o presidente norte-americano, a primeira fase duraria seis semanas e incluiria um cessar-fogo temporário, a retirada total das forças israelenses de todas as áreas povoadas de Gaza e a libertação de vários reféns de ambos os lados.
A segunda fase, disse Biden, seria o fim permanente de todas as hostilidades do conflito, que poderia incluir a libertação de todos os reféns restantes e a retirada total das forças israelenses de Gaza, se as garantias de segurança de Israel forem atendidas.
Netanyahu enfrenta crise interna
Em meio à crescente pressão internacional pelo fim dos bombardeios na Faixa de Gaza, o partido de Benny Gantz, membro do gabinete de guerra e aliado do premiê Benjamin Netanyahu, apresentou na última quinta-feira (30) um pedido para dissolver o Parlamento do país.
Com isso, a sigla quer convocar eleições antecipadas, o que pode retirar Netanyahu do poder.
O premiê enfrenta uma onda de protestos em Israel e questionamentos da população sobre o fracasso nas negociações com o Hamas para o resgate dos reféns mantidos em Gaza.
CIJ determina fim imediato das operações em Rafah
Em recente decisão histórica, a Corte Internacional de Justiça (CIJ) ordenou que Israel interrompa a operação em Rafah, libere a entrada de ajuda humanitária no enclave e que o Hamas entregue os reféns.
Ao mesmo tempo, Tel Aviv deve garantir o acesso desimpedido à Faixa de Gaza das missões que investigam alegações de genocídio e a liberação de rotas para entrega de ajuda humanitária.
Após o parecer do tribunal, o ministro das Finanças israelense, Bezalel Smotrich, disse que aqueles que exigem que a guerra pare estão exigindo que o "país decida deixar de existir", e "Israel não concordará com isso".