Panorama internacional

Especialista dos EUA sugere ao país 'roubar' tecnologias de veículos elétricos chineses

A sugestão foi dada pelo diretor de um think tank norte-americano durante uma palestra, quando defendeu que os Estados Unidos deveriam atrair fabricantes chineses de veículos elétricos para produzirem no país e, assim, "roubar sua propriedade intelectual".
Sputnik
De acordo com o Global Times, o especialista declarou que os EUA poderiam atrair os fabricantes chineses de automóveis com o motivo oculto de superá-los no mercado norte-americano e conter o avanço tecnológico da China.
"Acredito que o desenvolvimento da indústria de veículos elétricos nos EUA está muito atrás do da China", enfatizou Jake Werner, diretor interino do Programa de Ásia Oriental do Instituto Quincy, durante um recente seminário nos EUA.
Werner instou os EUA a encontrar uma maneira de garantir que as empresas norte-americanas sejam competitivas no setor de veículos elétricos, dada sua importância para o futuro da economia do país. "A melhor solução é trazer empresas chinesas para que produzam nos EUA e, em seguida, deveríamos roubar sua propriedade intelectual", disse Werner.
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Após a revelação, especialistas chineses disseram ao Global Times que o apelo para "roubar" as tecnologias de veículos elétricos chineses reflete uma mentalidade distorcida dos EUA diante da concorrência da China.
Li Yong, pesquisador da Associação Chinesa de Comércio Internacional, afirmou que o discurso de Werner reflete a natureza desleal da competição entre China e EUA, uma vez que Washington sempre desvia a competição do mercado e viola as normas comerciais globais para conter a China.

"Hoje em dia, alguns nos EUA estão ainda mais descarados ao não evitar a palavra 'roubar'", disse Li, afirmando que o país possui dificuldade em aceitar o crescente poder da indústria chinesa de veículos elétricos.

O Global Times destaca que o rápido desenvolvimento da indústria chinesa perturba alguns políticos norte-americanos, que veem nela uma grande ameaça.
Tanto que, em maio, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ordenou ao Escritório do Representante de Comércio dos EUA que aumentasse as tarifas sobre produtos chineses em US$ 18 bilhões (R$ 95,4 bilhões), incluindo veículos elétricos, com tarifas subindo de 25% para 100%.
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