Na carta, com data de 5 de junho e vista pela Bloomberg, o embaixador iraniano na Organização das Nações Unidas (ONU), Saeid Iravani, disse que o acordo nuclear — conhecido como Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês) — é a "melhor opção sem alternativas", e o seu renascimento é do interesse de todos os participantes, escreveu Iravani.
O documento foi enviado após os três países terem expressado preocupação esta semana com as recentes ações iranianas e, também, relembrado que o acordo nuclear original estipula que as sanções da ONU contra Teerã serão permanentemente canceladas em outubro de 2025.
Após os inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) terem relatado que Teerã "não ajudou a resolver uma investigação sobre partículas de urânio", Londres, Berlim e Paris formularam uma medida para censurar o Irã. A ação foi aprovada principalmente graças ao apoio dos países ocidentais, ressalta a mídia.
Na carta, Iravani informou que as preocupações dos países ocidentais sobre a expiração do acordo são "enganosas, irrelevantes e provocativas", dada a "natureza absolutamente pacífica" do programa nuclear iraniano.
O diplomata acrescentou que o acordo nuclear, negociado sob o então presidente Barack Obama e rejeitado por Donald Trump, "exemplificou o diálogo e a diplomacia bem-sucedidos".
Devido à aplicação de novas sanções e à escalada no Oriente Médio entre Israel e Irã, sendo o primeiro um grande aliado do Ocidente, atuais e antigos funcionários iranianos declararam recentemente que o país poderia mudar sua doutrina nuclear, no sentido de permitir a construção de uma bomba nuclear, conforme noticiado.