Panorama internacional

Irã acusa Ocidente de 'preocupações enganosas' sobre armas nucleares

Em uma carta enviada ao Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU), Teerã acusou a Alemanha, a França e o Reino Unido de aumentarem as tensões ao ameaçar a possível revogação de algumas sanções concedidas ao abrigo do acordo nuclear de 2015.
Sputnik
Na carta, com data de 5 de junho e vista pela Bloomberg, o embaixador iraniano na Organização das Nações Unidas (ONU), Saeid Iravani, disse que o acordo nuclear — conhecido como Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês) — é a "melhor opção sem alternativas", e o seu renascimento é do interesse de todos os participantes, escreveu Iravani.
O documento foi enviado após os três países terem expressado preocupação esta semana com as recentes ações iranianas e, também, relembrado que o acordo nuclear original estipula que as sanções da ONU contra Teerã serão permanentemente canceladas em outubro de 2025.
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Após os inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) terem relatado que Teerã "não ajudou a resolver uma investigação sobre partículas de urânio", Londres, Berlim e Paris formularam uma medida para censurar o Irã. A ação foi aprovada principalmente graças ao apoio dos países ocidentais, ressalta a mídia.

Na carta, Iravani informou que as preocupações dos países ocidentais sobre a expiração do acordo são "enganosas, irrelevantes e provocativas", dada a "natureza absolutamente pacífica" do programa nuclear iraniano.

O diplomata acrescentou que o acordo nuclear, negociado sob o então presidente Barack Obama e rejeitado por Donald Trump, "exemplificou o diálogo e a diplomacia bem-sucedidos".
Devido à aplicação de novas sanções e à escalada no Oriente Médio entre Israel e Irã, sendo o primeiro um grande aliado do Ocidente, atuais e antigos funcionários iranianos declararam recentemente que o país poderia mudar sua doutrina nuclear, no sentido de permitir a construção de uma bomba nuclear, conforme noticiado.
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