Segundo o embaixador Rahm Emanuel, o Japão é muito importante para seu país, uma vez que os desafios estratégicos na Europa e na Ásia estão sobrecarregando a indústria de defesa estadunidense.
"A nossa estratégia de segurança nacional exige que sejamos capazes de lidar com um teatro e meio, que é uma grande guerra e outro com um impasse, e tanto com o Oriente Médio como com a Ucrânia, e, mantendo a nossa dissuasão credível nesta região [Leste Asiático], vocês já podem ver que estamos em dois a mais", afirmou Emanuel, citado pela Reuters.
O diplomata também admitiu que a China vai ultrapassar os EUA na fabricação de navios, e a parceria com os japoneses poderia diminuir essa desvantagem.
"A China tem uma capacidade importante que já sabemos que nos superará na construção de mais navios", declarou.
No domingo (10), o Japão e os EUA iniciaram suas primeiras negociações em Tóquio sobre o forjamento de uma colaboração mais profunda na indústria de defesa no âmbito do Fórum EUA-Japão sobre Cooperação, Aquisição e Sustentação Industrial de Defesa (DICAS, na sigla em inglês), estabelecido em abril pelo primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, e pelo presidente norte-americano, Joe Biden.
Outra cooperação potencial entre os dois países inclui reparos de aeronaves, produção de mísseis e resiliência da cadeia de abastecimento militar, acrescentou Emanuel.
As discussões que acontecerão na terça-feira (11) entre o subsecretário de Defesa para Aquisição e Sustentação dos EUA, William A. LaPlante, e Masaki Fukasawa, chefe da Agência de Aquisição, Tecnologia e Logística do Japão, se concentrarão em reparos navais no Japão que poderiam ajudar a liberar estaleiros dos EUA para construir mais navios de guerra, relata a Reuters.
O Japão e os EUA já construíram juntos um interceptador de defesa antimísseis e Tóquio também concordou em fornecer mísseis de defesa aérea Patriot a Washington.