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Vietnã, invasão do Iraque e China somam 3 erros da diplomacia dos EUA, dizem autores americanos

© AFP 2023 / Richard A. BrooksUm membro da tripulação é visto a bordo do porta-aviões USS Carl Vinson durante um exercício marítimo de três dias entre os EUA e o Japão no mar das Filipinas em 31 de janeiro de 2024
Um membro da tripulação é visto a bordo do porta-aviões USS Carl Vinson durante um exercício marítimo de três dias entre os EUA e o Japão no mar das Filipinas em 31 de janeiro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 09.06.2024
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O fracasso de sucessivas administrações dos Estados Unidos em responder adequadamente ao crescimento chinês é um dos três maiores erros de política externa norte-americana desde a Segunda Guerra Mundial, analisam dois autores de um livro estadunidense lançado recentemente.
De acordo com Robert Blackwill, ex-embaixador dos EUA na Índia, e Richard Fontaine, CEO do Centro para uma Nova Segurança Americana (CNAS, na sigla em inglês), ambos autores do livro "Década Perdida: O Pivô dos EUA para a Ásia e a Ascensão do Poder Chinês", Washington falhou em sua política externa em mais dois pontos: a escalada no Vietnã, em 1965, e a invasão do Iraque, em 2003.
O conceito de pivô foi lançado pela primeira vez pela ex-secretária de Estado, Hillary Clinton, em 2011, mas na concepção dos autores, a estratégia de "pivô para a Ásia" até agora fracassou, ao ser distraída pelos conflitos na Europa e no Oriente Médio.
Os autores atribuem a culpa igualmente às três administrações mais recentes dos EUA.
Sob o presidente Barack Obama, o pivô perdeu força quando Clinton foi substituída por John Kerry, que se concentrou no processo de paz no Oriente Médio. A Ásia era "uma" prioridade, não "a" prioridade.
O porta-aviões USS Carl Vinson (E), navega com o destróier Aegis da Marinha da Coreia do Sul, King Sejong, o Grande, e o destróier Aegis da Força de Autodefesa Marítima do Japão, Kongou, nas águas internacionais da costa sul da península coreana durante um recente exercício conjunto em 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 02.06.2024
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"As razões para o fracasso de mais de uma década vão desde objetivos pouco claros até à falta de benefícios políticos internos da política asiática. Este último tornou difícil para qualquer um dos três presidentes concentrar-se na região", afirmaram Blackwill e Fontaine ao jornal Nikkei Asia.

Na visão dos autores, a estratégia dos EUA não pode se basear na contenção da China – como acontece agora através de sanções e tarifas arbitrárias – visto que "nenhuma nação asiática se juntaria a Washington em tal política".
"Em vez disso, a mensagem aos aliados deveria ser a adesão a um bloco unificado, não para derrubar a China, mas para estabelecer um equilíbrio a longo prazo", disseram.
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Outro cenário poderia ser que "a China, um dia, decida que na verdade tem mais a ganhar com algumas das formas como as coisas já são e como as coisas são ordenadas. Que, ao derrubá-lo o [equilíbrio global], o seu poder poderia ser reduzido ou os EUA e o poder aliado poderiam ser tão grandes que torne isso impossível", afirmou Blackwill.
"Não creio que possamos convencer a China a não aspirar a ser o número 1 na Ásia. Em vez disso, nós, no Ocidente, e os nossos amigos e parceiros em todo o mundo, precisamos de tomar medidas que aumentem a dissuasão em relação à China e lhe dê desincentivos para perturbar a ordem global", acrescentou.
Os autores ainda consideram que uma guerra entre Washington e Pequim só poderia acontecer por causa de Taiwan, uma vez que "não pode haver estabilização das relações EUA-China sem abordar a questão de Taiwan".
Para reduzir as tensões, os autores propõem que os EUA sigam rigorosamente uma política de Uma Só China e rejeitem publicamente tanto a independência de Taiwan como a mudança de governança na China como objetivos políticos.
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Por fim, os autores citaram o Japão, afirmando que "o aumento nos gastos com defesa do Japão, projetado para ser o terceiro maior do mundo em poucos anos, ocorre provavelmente após o crescimento do poder da China. Essa é a coisa mais significativa que está acontecendo na segurança asiática agora", concluíram.
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