É o que noticiou, nesta quarta-feira (12), o jornal israelense Haaretz.
Segundo a mídia, em uma resposta dada pelo Hamas a mediadores nesta quarta, o grupo busca um cessar-fogo completo por parte de Israel e a sua retirada dos centros populacionais no primeiro dia do cessar-fogo.
Se Israel não o fizer, a libertação de reféns será interrompida, diz a publicação.
No terceiro dia do acordo, o Hamas quer que o Exército israelense se retire da autoestrada de Saladino, que liga os dois lados da Faixa, e a autoestrada costeira.
Em troca, o Hamas oferece a libertação de três reféns a cada três dias, totalizando 33 na primeira fase.
Cessar-fogo em Gaza
No final de maio, Biden anunciou que Israel havia submetido uma nova proposta de cessar-fogo na Faixa de Gaza, que incluía três fases, encaminhada para apreciação do Hamas.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) adotou na segunda-feira (10) uma resolução dos EUA contendo um plano de armistício em etapas para o enclave. A resolução foi aprovada por 14 países e teve abstenção da Rússia.
A resolução, em grande parte, é vista como uma réplica à proposta de cessar-fogo israelense.
O documento exige que o Hamas aceite a iniciativa que "Israel já aceitou". O texto também solicita que ambas as partes implementem plenamente os termos dessa iniciativa sem demora ou precondições.
De acordo com a resolução, a primeira fase inclui um cessar-fogo completo imediato, a retirada das tropas israelenses das áreas povoadas em Gaza e a libertação de reféns detidos pelo Hamas, incluindo feridos, idosos e mulheres, além da troca de palestinos presos.
A segunda fase prevê o fim por tempo indeterminado das hostilidades em troca da libertação dos reféns restantes, bem como a retirada das tropas israelenses de Gaza. A terceira fase da iniciativa envolve o lançamento de um "plano de reconstrução plurianual" para Gaza.
Além disso, a resolução rejeita qualquer tentativa de mudança demográfica ou territorial na Faixa de Gaza, incluindo qualquer ação que reduza o território do enclave.