Também nesta sexta-feira (14), o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou uma proposta de paz para a Ucrânia em meio à realização do encontro na Suíça, explicou Peskov. Para a Rússia, é crucial atingir os objetivos da operação militar especial, mas é preferível que isso seja alcançado através de negociações de paz.
O porta-voz também declarou que a ilegitimidade de Vladimir Zelensky na condução do governo ucraniano não é um obstáculo para Moscou e Kiev conversarem sobre o plano de Putin.
Na opinião de Peskov, agora Kiev tem efetivamente uma oportunidade de "cessar as hostilidades e passar para um arranjo pacífico" do conflito.
Putin já foi informado sobre a reação da Ucrânia e do Ocidente à sua iniciativa de paz e a qualificou de "bastante previsível", acrescentou o porta-voz. Peskov também declarou que o Ocidente quer "continuar lutando até o último ucraniano".
Por fim, o porta-voz russo lamentou que "o duplo padrão esteja se tornando um atributo integral da posição do Ocidente".
A proposta apresentada pelo presidente Putin prevê um cessar-fogo imediato e o início de conversações de paz com a Ucrânia que consistem em quatro condições indispensáveis: a retirada das tropas de Kiev dos territórios recém-integrados à Rússia (as repúblicas de Donetsk e Lugansk e as regiões de Kherson e Zaporozhie); a rejeição pela Ucrânia dos planos de aderir à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN); "um status neutro, não alinhado e não nuclear da Ucrânia"; e o fim de todas as sanções ocidentais contra a Rússia.