O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou nesta terça-feira (18), durante entrevista à rádio CBN, que pode tentar um quarto mandato à frente do Palácio do Planalto em 2026.
Conforme Lula, a decisão será tomada caso seja "necessário ser candidato para evitar que os trogloditas que governaram esse país voltem a governar", afirmou, sem citar nomes. Além disso, o petista disse que não vai permitir que o Brasil "volte a ser governado por um fascista e negacionista".
Hoje com 78 anos, nas próximas eleições presidenciais Lula terá completado 80. Durante a entrevista, disse que a candidatura também vai depender de como estará a saúde e a "disposição" nessa idade.
Lula também falou sobre investimentos públicos e a necessidade de melhorar a infraestrutura do país, além da pressão para cortes nos gastos do governo.
"Eu estou disposto a discutir o orçamento com a maior seriedade com Câmara, Senado, imprensa, empresários, banqueiros, mas para que a gente faça com que o povo mais humilde, o povo trabalhador, o povo que mais necessita do Estado não seja prejudicado, como em alguns momentos da história foi", enfatizou.
Além disso, o presidente acredita que a economia do país seguirá em expansão acima das previsões, como ocorreu no ano passado, quando o produto interno bruto (PIB) registrou um crescimento de 2,9%.
"Não tenha dúvida de que quando eu terminar o mandato o Brasil vai estar muito bem — como esteve em 2010. A economia vai continuar crescendo, o emprego vai continuar crescendo, o salário vai continuar crescendo, a inflação vai estar controlada."
Governo tem aprovação de 51%
Uma pesquisa divulgada no último sábado (15) pela Atlas/Intel revelou que o presidente Lula possui uma aprovação de 51% dos entrevistados, enquanto 47% reprovam o governo. Outros 2% não souberam opinar. Na comparação com maio, a desaprovação do petista registrou uma alta de 2 pontos percentuais, enquanto o índice positivo permaneceu o mesmo.
O presidente apresenta números melhores entre as mulheres (53,6% de aprovação), quem tem ensino superior (58,1%) e entre a população de 16 a 34 anos (54,1%). Lula também é bem avaliado entre as pessoas com renda superior a R$ 10 mil, quando atinge índice de 61,7%.
Já a rejeição do governo Lula 3 é pior entre os evangélicos (aprovação de 29,5%) e os eleitores que votaram no ex-presidente Jair Bolsonaro no segundo turno de 2022 (desaprovação de 96,4%). Ao todo foram ouvidos 3.601 eleitores, entre os dias 7 e 11 de junho. A margem de erro é de 1 ponto percentual para mais ou para menos e o nível de confiança dos dados é de 95%.