Panorama internacional

'O mundo não pode permitir que o Líbano se torne outra Gaza', alerta chefe da ONU

Fumaça sobe após ataque aéreo israelense no vilarejo de Siddiqin, sul do Líbano, em 1º de junho de 2024
A situação no Líbano não está das melhores. Tudo isso por conta das investidas mortais das forças armadas de Israel na região.
Sputnik
Acerca disso, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, fez um alerta: "O mundo não pode permitir que o Líbano se torne outra Gaza".

Via comunicado, emitido nesta sexta-feira (21), Guterres sinalizou que as forças de manutenção da paz da ONU estão trabalhando para acalmar a situação e evitar "erros de cálculo", depois de ambos os lados terem "aumentado o tom" e levantado a possibilidade de um conflito em grande escala.

Combatentes houthis e membros de tribos organizam manifestação contra os ataques dos EUA e do Reino Unido a locais militares controlados pelos houthis. Arredores de Sanaa, Iêmen, 14 de janeiro de 2024
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Alerta dado

Em um discurso televisionado e descrito pelos meios de comunicação israelenses como o mais forte desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em outubro passado, Hassan Nasrallah, líder da organização xiita libanesa pró-Irã Hezbollah, disse na quarta-feira (19) que se houver um conflito total, nenhum lugar de Israel está a salvo de seu alcance.
A declaração é dada em meio ao acirramento das tensões na fronteira de Israel com o Líbano, com confrontos entre as Forças de Defesa do país e o Hezbollah. Na última semana, mais de 200 mísseis foram lançados em direção ao território judeu, o maior ataque desde o início da guerra em Gaza.
"O inimigo sabe muito bem que nos preparamos para o pior […] e que nenhum lugar da entidade sionista ficará livre de nossos mísseis e drones", disse Nasrallah durante o funeral de um alto comandante morto em um ataque israelense no sul do Líbano na semana passada, Talib Abdallah (Abu Talib).
Nasrallah advertiu que os israelenses enfrentarão a "resistência libanesa" por terra, mar e ar, da mesma forma que o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu tem promovido sua investida militar contra a população palestina em Gaza desde o ano passado. Mais de 37 mil pessoas já morreram por conta dos ataques no enclave.
O líder xiita também ameaçou o Chipre pela primeira vez, afirmando que o Hezbollah considerará o país "parte da guerra" se abrir seus aeroportos e bases para que Israel realize ataques contra Beirute.
Nasrallah também garantiu que o grupo não busca uma "guerra total", mas atua em apoio ao Hamas. "Não temos medo. Nossa demanda é clara: um cessar-fogo completo e permanente em Gaza", afirmou.
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Plano de ofensiva no Líbano

Na terça-feira (18), as Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciaram planos operacionais para uma investida no Líbano.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores libanês, cerca de 100 mil pessoas foram forçadas a deixar suas casas no sul do Líbano devido aos bombardeios israelenses. O lado israelense relatou cerca de 80 mil residentes do norte de Israel que se encontram em situação semelhante.
Na segunda (17), o The Washington Post informou que dois importantes democratas no Congresso dos EUA concordaram em apoiar uma grande venda de armas para Tel Aviv, que inclui 50 caças F-15, no valor de mais de US$ 18 bilhões (R$ 97,8 bilhões).
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