"É importante que haja parâmetros que possam ser acordados entre os membros do G20, de maneira a garantir que essa relação seja de complementariedade, para garantir que não haja barreiras desnecessárias ao comércio, em razão do argumento ambiental", comentou Prazeres com jornalistas após participar de um evento na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico (BNDES), no Rio de Janeiro.
"Elas devem ser transparentes, não discriminatórias, baseadas em ciência. Esses são exemplos de parâmetros que o governo brasileiro gostaria que emergissem de maneira consensual no âmbito do Grupo de Trabalho de Comércio e Investimentos do G20", defendeu a secretária do MDIC.
Regulações comerciais com mote ambiental preocupam o setor privado
"O que preocupa é que, às vezes, diante da falta de regras coletivas, multilaterais de grupo, alguns países começam a adotar regras próprias de maneira unilateral", comentou ela depois de participar do evento no BNDES.
"Esse grupo vai estar focando muito na questão de que o G20 faça um monitoramento dessas medidas unilaterais que são adotadas e dessa área de comércio […], e identifica que […] os países do G20 também precisam começar a conversar mais em questão de metodologia para mensurar a questão das emissões de carbono", explicou.
"O mundo concorda sobre o objetivo de conciliar comércio e desenvolvimento sustentável. Agora é nos detalhes e em como começam a haver alguns grandes desafios. Então essas são as grandes linhas que o grupo vai preliminarmente compartilhar com o G20."
"Se cada um dos países começa a estabelecer medidas desse tipo, primeiro, ninguém garante que serão atingidos os objetivos nem como isso vai afetar os fluxos de comércio e investimento. Essas medidas podem se tornar medidas discriminatórias e possíveis novas barreiras."