"No dia 19 de junho, a ministra do Comércio Exterior e Cooperação para o Desenvolvimento dos Países Baixos, Liesje Schreinemacher, autorizou a exportação de 24 aviões F-16 e sete motores. Os Países Baixos fornecerão em breve os primeiros F-16 à Ucrânia", disse Ollongren em uma carta dirigida à Câmara dos Representantes publicada nesta segunda.
Em junho, a ministra declarou que o país também permitirá que a Ucrânia utilize os caças F-16 enviados para atacar alvos militares no território da Rússia. Anteriormente, os Estados Unidos também autorizaram que aliados transferissem os aviões a Kiev, enquanto especialistas participam da formação do pessoal encarregado do manejo e da manutenção dos caças.
Os Países Baixos e a Dinamarca foram os primeiros a concordar em fornecer os F-16 à Ucrânia, enquanto a Casa Branca confirmou o envio das aeronaves assim que finalizada a formação dos pilotos. Ollongren comunicou antes que o país busca fornecer os primeiros F-16 em 2024.
F-16 e armas nucleares
No início de maio, a Rússia afirmou que vai considerar os caças táticos F-16 como portadores de armas nucleares, independentemente de sua modificação, e o fornecimento à Ucrânia pelos EUA e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) são "uma provocação".
Desde fevereiro de 2022, a Rússia realiza uma operação militar especial na Ucrânia cujos objetivos, segundo o presidente russo, Vladimir Putin, são proteger a população de "um genocídio por parte do regime de Kiev" e conter os riscos de segurança nacional que representa o avanço da OTAN para o leste.
Moscou advertiu repetidamente que a aliança militar está "brincando com fogo" ao fornecer armas à Ucrânia e que os comboios estrangeiros seriam "alvos legítimos" para o Exército russo assim que cruzassem a fronteira.
Segundo o Kremlin, a política do Ocidente de fornecer armas à Ucrânia não contribui para as negociações russo-ucranianas e só terá efeito negativo.