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Lula sugere transformar 2 de julho em outro Dia da Independência no Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sugeriu nesta quinta-feira (4) transformar o dia 2 de julho em outra data oficial da independência do Brasil, além do 7 de setembro.
Sputnik
Ele deu a declaração durante o lançamento da pedra fundamental de um laboratório científico público em Campinas (SP), projeto que deve custar cerca de R$ 1 bilhão.
O 2 de julho, atualmente feriado estadual na Bahia, é lembrado como o dia da expulsão definitiva da Coroa Portuguesa do Brasil, em 1823, quase nove meses após a independência oficial do país, em 7 de setembro de 1822.
O presidente brasileiro participou das comemorações desta data em Salvador, na última terça-feira. "Tem a independência que foi o grito do imperador, que a gente nem sabe se deu o grito mesmo, mas está lá. Dizem que deu o grito, tem a fotografia e alguns cavalos."

"Mas nós tivemos a verdadeira independência do Brasil, que foi o resultado final da expulsão dos últimos portugueses, que foi o 2 de julho em Salvador, na Bahia. Ali houve luta e houve mulheres heroínas, muitas mulheres que lutaram para garantir a independência. Eu agora vou tentar transformar os dois dias em ato oficial da independência. E, mais ainda, vamos ter que recontar a história deste país."

Críticas aos banqueiros e Plano Safra recorde

Durante a cerimônia, Lula também criticou a atuação dos bancos em relação às terras dos produtores rurais.

"Vamos fazer um levantamento para ver o seguinte: quem é que está tomando terra de fazendeiro hoje neste país? Sabe quem são? Os banqueiros. Todos os proprietários de terra que têm dívida agrária, os bancos estão tirando a terra deles", afirmou. "Não é mais o João Pedro Stédile [líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, MST], são os presidentes dos bancos que estão tomando terra."

A declaração veio um dia após o lançamento do Plano Safra para 2024 e 2025, que atingiu valor recorde de R$ 400,5 bilhões.
O lançamento do programa foi realizado em uma cerimônia com parlamentares e empresários do agronegócio, em um movimento para tentar se aproximar do setor, que é uma das principais bases eleitorais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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