Em entrevista à ABC News, Biden minimizou seu desempenho fraco como um "mau episódio" e disse que foi o único responsável pelo que aconteceu.
Segundo ele, o desastre diante do republicano e ex-presidente Trump foi pontual: "Sem indicação de qualquer condição séria".
"Estava exausto. Não segui meus instintos em termos de preparação e foi uma noite ruim. [...] [Foi] minha culpa, culpa de mais ninguém, de mais ninguém."
"Porque eu estava doente. Estava me sentindo terrível", disse Biden. "Na verdade, os médicos estavam comigo. Perguntei se fizeram teste de COVID, porque estavam tentando descobrir o que estava errado. Fizeram o teste para ver se eu tinha alguma infecção, um vírus. Eu não tinha. Apenas estava com um resfriado muito ruim", disse Biden na entrevista.
Ele afirmou que não abandonará a disputa, apesar das pressões. Declarou ainda que foi ele quem "parou [Vladimir] Putin" e ampliou a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e que está pronto para um novo mandato.
Mais cedo, o jornal The Washington Post publicou uma coleção de cartas de leitores pedindo a Jill Biden, esposa do presidente, que convencesse o marido a desistir da candidatura à reeleição.
Muitos no Partido Democrata levantaram preocupações após o debate, quanto às condições do presidente de concorrer ao cargo. Outros, incluindo alguns democratas no Congresso, pediram-lhe que se retirasse da corrida presidencial.
Biden e sua equipe de campanha admitiram o desempenho ruim, mas garantiram ao público que a tentativa de reeleição não seria abandonada.
Os principais doadores democratas continuam preocupados com a condição de Biden e procuram um substituto, com dois candidatos já aventados, informou o Financial Times também nesta sexta-feira, citando fontes familiarizadas com o assunto.