"Devemos lembrar que a aliança militar mais bem-sucedida da história mundial começou como um projeto pacífico, e o seu sucesso futuro depende da sua capacidade de manter a paz. No entanto, hoje, em vez da paz, a agenda inclui o desejo de guerra, e em vez de defesa, ataque. Tudo isso contradiz os valores fundamentais da OTAN", disse Orbán em entrevista à revista Newsweek.
O político apelou aos países-membros para que continuem a cumprir o objetivo de garantir a paz em prol do desenvolvimento econômico, político e cultural sustentável.
Orbán declarou que a Hungria "não concorda plenamente com a maioria dos países-membros" que consideram inevitável o conflito com outras forças geopolíticas.
"Esta ideia de um confronto inevitável funciona como uma profecia autorrealizável. Quanto mais os líderes da OTAN acreditarem que o conflito é inevitável, maior será o papel que desempenharão no seu início", disse ele.
O primeiro-ministro húngaro acrescentou que chegam notícias de que a OTAN está se preparando para uma possível operação na Ucrânia e as tropas da aliança já se estão a aproximar da frente ucraniana.
Orbán e seu ministro das Relações Exteriores, Peter Szijjarto, chegaram a Moscou na sexta-feira (5) para conversações com o presidente russo, Vladimir Putin. Os líderes discutiram diversas questões, inclusive a crise ucraniana.
O líder húngaro considerou a visita o seu próximo passo na sua "missão de paz", que visa pôr fim ao conflito na Ucrânia.
O primeiro-ministro disse que a paz na Ucrânia seria a prioridade de Budapeste durante sua presidência rotativa de seis meses da União Europeia.