"Agora a OTAN […] ficou em uma situação que ela e seu dominador norte-americano evitaram cuidadosamente durante a primeira Guerra Fria: em um conflito por procuração com a Rússia, não na Ásia ou na África, mas na própria Europa, em circunstâncias que, a longo prazo, beneficiam a Rússia em grande medida", destacou ele.
Lieven ressaltou que a expansão da aliança era apresentada como um passo livre de risco. Entretanto, repetidas advertências de que a adesão da Ucrânia implicaria um conflito eram ridicularizadas pelos diplomatas ocidentais, concluiu o especialista.
Moscou tem enfatizado repetidamente que não representa uma ameaça a nenhum dos países da OTAN, mas não ignorará ações potencialmente perigosas para seus interesses. No entanto, a Rússia segue sendo aberta ao diálogo, mas em pé de igualdade, e o Ocidente deve abandonar seu rumo de militarização da Europa. Segundo observou o presidente russo Vladimir Putin, o país não quer um confronto militar direto com a OTAN, mas se alguém quiser, Moscou está pronta para isso.