"A NSPA ajuda a realizar compras conjuntas pelos aliados. No ano passado, por meio dessa agência, foram acordados contratos no valor de mais de US$ 11 bilhões para a compra de munições e equipamentos", destacou Stoltenberg no Fórum da Indústria de Defesa, realizado em Washington ao longo da cúpula da OTAN.
Stoltenberg acrescentou que só nesta terça a agência da OTAN assinou um novo contrato para a compra de mísseis do sistema de defesa antiaérea portátil Stinger por cerca de US$ 700 milhões (R$ 3,7 bilhões).
Durante a cúpula da OTAN, o secretário-geral disse que os países-membros devem tomar decisões sobre a situação na Ucrânia e ressaltou também a necessidade de intensificar o apoio militar ao país. O encontro acontece até a próxima quinta (11) nos Estados Unidos.
A aliança chegou a se comprometer pela primeira vez com um plano para fortalecer a capacidade de defesa da Ucrânia. O compromisso foi anunciado pelo conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan.
"Nos próximos dias, pela primeira vez, todos os aliados [da OTAN] se comprometerão a desenvolver planos para fortalecer sua capacidade industrial de defesa [de Kiev]", disse Sullivan.
O dirigente acrescentou que a OTAN delineará uma estratégia para fortalecer as capacidades críticas de defesa aérea da Ucrânia e desenvolver seu poderio aéreo de Kiev por meio do fornecimento de caças F-16. "As medidas de apoio incluirão formação para soldados das Forças Armadas da Ucrânia e assistência financeira no valor de US$ 40 bilhões [R$ 216,8 bilhões]", acrescentou Sullivan.
Já Moscou advertiu reiteradamente que a aliança militar está "brincando com fogo" ao fornecer armas para a Ucrânia, e que os comboios estrangeiros com equipamentos militares seriam um "alvo legítimo" para seu exército assim que cruzassem a fronteira. Segundo o Kremlin, a política ocidental não contribui para as negociações entre Rússia e Ucrânia e apenas terá um efeito negativo.