As pessoas estão deixando os distritos orientais sob fogo intenso, que já causou ao menos 70 mortes de palestinos, segundo aponta a agência de notícias Al Jazeera.
Segundo a mídia, mais de 200 pessoas ficaram feridas após o lançamento de um novo ataque israelense no leste de Khan Yunis.
Os ataques aéreos e os bombardeios de artilharia ocorreram minutos depois de os militares terem ordenado a evacuação que, segundo a Defesa Civil Palestina em Gaza, afeta mais de 400 mil pessoas.
Netanyahu pode adiar cessar-fogo
Israel pode adiar as negociações com o grupo palestino Hamas sobre um cessar-fogo na Faixa de Gaza até as eleições presidenciais dos EUA, em novembro, já que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acredita que depois das eleições a posição de Washington pode mudar sobre o conflito de Gaza, revelou o Politico.
"A nossa avaliação é que [Benjamin] Netanyahu quer ganhar tempo até as eleições de novembro", observou o jornal, citando um importante diplomata do Oriente Médio.
Netanyahu também pode atrasar as negociações na tentativa de apaziguar os membros de direita do governo ou na crença de que o Hamas está agora bastante enfraquecido, de acordo com o meio de comunicação.
Ao mesmo tempo, Netanyahu poderia acreditar que, depois das eleições, será possível evitar a pressão exercida sobre ele pelo atual presidente dos EUA, Joe Biden, para acabar com o conflito armado na Faixa de Gaza. Além disso, o primeiro-ministro israelense espera que Donald Trump adote uma postura mais suave em relação a Israel e uma postura mais dura em relação ao Irã e ao movimento libanês Hezbollah.
No domingo (21), Netanyahu observou que os negociadores israelenses vão continuar a trabalhar com mediadores no acordo de cessar-fogo em Gaza na próxima quinta-feira (25).