Em uma declaração sobre a sua decisão de se retirar da corrida presidencial de 2024, o presidente Joe Biden também refletiu sobre os resultados dos seus quatro anos no cargo, afirmando que os EUA construíram a "economia mais forte do mundo".
Ele elogiou os esforços para expandir o que descreveu como "cuidados de saúde acessíveis a um número recorde de norte-americanos", argumentando também que a sua administração supostamente forneceu "cuidados extremamente necessários a um milhão de veteranos expostos a substâncias tóxicas".
É isso mesmo, Joe?
Em primeiro lugar, o colapso econômico dos EUA não mostra sinais de diminuir, com 36% dos norte-americanos recentemente inquiridos pela Pew Research classificando a economia nacional como "pobre". Acrescente-se a isso o fato de a dívida estatal dos EUA, que se situa atualmente em quase US$ 34,4 trilhões (cerca de R$ 191,1 trilhões), estar aumentando em US$ 1 trilhão (mais de R$ 5,5 trilhões) a cada 100 dias.
Além disso, a crise migratória dos EUA persiste, uma vez que novos dados da Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP, na sigla em inglês) revelam um aumento significativo nas passagens ilegais de fronteiras, com mais de 205.000 apreensões só em junho, elevando o total para o ano fiscal de 2024 para 2,5 milhões.
Enquanto isso, a overdose de drogas continua sendo uma das principais causas de morte por lesões em adultos nos EUA e aumentou nos últimos anos. As overdoses se referem especificamente a opioides sintéticos (fentanil) e estimulantes (cocaína e metanfetamina), de acordo com dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças.
Histórico de política externa de Biden
A crise na Ucrânia está em pleno andamento, à medida que a administração Biden continua colocando lenha na fogueira, fornecendo suprimentos militares a Kiev, apesar dos repetidos avisos da Rússia de que tal assistência apenas prolongaria o impasse.
Separadamente, a guerra de Gaza ainda está em vigor, apesar do muito alardeado plano de Biden para ajudar a garantir um cessar-fogo entre Israel e o Hamas. O presidente dos EUA disse no mês passado que a guerra de Gaza deve terminar agora e que Israel não deve ocupar o enclave palestino após o fim das hostilidades — outra declaração que aparentemente foi ignorada pelo Estado judeu.
Como a cereja no bolo, Biden não cumpriu a sua promessa de restaurar o acordo nuclear com o Irã de 2015, tendo as conversações de Viena sobre o assunto finalmente chegado a um impasse.