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Scott Ritter: saída de Biden da corrida eleitoral mostra quem realmente governa a América

O timing da saída repentina de Joe Biden da corrida presidencial levanta questões importantes sobre a condução da política norte-americana, argumenta o ex-oficial de inteligência do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA Scott Ritter.
Sputnik
"Não há dúvida de que Joe Biden não está apto para ser presidente dos Estados Unidos. Sem dúvida. Mas aqui está a questão. Se ele não está apto para concorrer como candidato do Partido Democrata, por que o nomearam?", questionou o ex-oficial de inteligência do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA e ex-inspetor de armas Scott Ritter, observando que os sinais da fragilidade de Biden eram visíveis durante a cúpula do G7 (grupo composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) na Itália no mês passado.
Segundo ele, o fato de Biden não estar apto para ser o próximo presidente dos EUA, mas ainda assim ter sido autorizado a "concorrer", levanta a questão: quem está realmente no comando nos Estados Unidos?

"Quem está comandando a América [do Norte]? Porque não é Joe Biden. Não sabemos quem. É um grupo não eleito de manipuladores oriundos do que acho que podemos chamar de establishment. Algumas pessoas podem se referir a isso como Estado profundo. E são essas as pessoas que mandam", afirmou Ritter, observando que "as decisões críticas de governança" que esse grupo toma são tomadas "para o povo norte-americano, mas não necessariamente em nome do povo norte-americano".

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Ele descreve as eleições presidenciais de 2024 nos EUA como "um teste à democracia norte-americana" e uma "disputa entre as elites estabelecidas que se encontram no Partido Democrata e esta onda de populismo na forma de Donald Trump, que está assumindo o controle do Partido Republicano".
No entanto, embora normalmente seja permitido aos norte-americanos "ter uma palavra a dizer sobre o resultado" desse processo, o Partido Democrata e as "elites conhecidas e desconhecidas" optaram agora por interferir nesse processo e "vão selecionar quem será o seu candidato para a presidência nas eleições de 2024", o que "não é como deveria ser", observou.

"A América [do Norte] está em crise, uma crise de democracia, uma crise de identidade. E não parece que tenhamos uma solução porque, na maior parte dos casos, o povo norte-americano tem sido confundido, enganado e manipulado pelos principais meios de comunicação, fazendo-o de alguma forma pensar que isso é normal", lamentou Ritter.

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