O chefe da política externa do bloco, Josep Borrell, disse na segunda-feira (22) que a primeira parcela da assistência militar para a Ucrânia retirada dos lucros obtidos com ativos russos, de € 1,4 bilhão (R$ 8,49 bilhões), seria paga no início de agosto.
"Tais ações de ladrões não podem permanecer sem reciprocidade. Esse dinheiro não é apenas essencialmente roubado, mas também será gasto na compra de armas. Definitivamente trabalharemos em uma possível ação judicial contra as pessoas envolvidas na tomada de decisões e na implementação dessas decisões, porque isso é uma violação direta do direito internacional, é uma violação dos direitos de propriedade", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a repórteres nesta terça-feira (23).
O presidente russo, Vladimir Putin, diz que o Ocidente desencadeou uma guerra econômica contra a Rússia, mas exaltou tanto a resiliência da economia do país, que cresceu 3,6% no ano passado, quanto o fracasso das sanções em impedir o comércio russo.
O Kremlin disse repetidamente que qualquer apreensão de seus ativos vai contra todos os princípios do livre mercado proclamados pelo Ocidente e que minaria a confiança no dólar norte-americano e no euro, ao mesmo tempo em que desencorajaria o investimento global e prejudicaria a confiança nos bancos centrais ocidentais.
Esse tipo de análise foi reproduzido por algumas lideranças do Fundo Monetário Internacional (FMI), como Julie Kozack, chefe do Departamento de Comunicações do FMI, conforme noticiado.