Panorama internacional

Mídia: queda na atividade empresarial alemã arrasta desempenho econômico da zona euro para baixo

Fraco crescimento no setor de serviços e quedas acentuadas na indústria alemã atinge o menor nível em cinco meses, aponta pesquisa da S&P Global desta quarta-feira (24).
Sputnik
De acordo com o Financial Times (FT), a economia da zona euro abrandou acentuadamente devido a um crescimento mais fraco do que o previsto no setor de serviços. Para além disso, as quedas acentuadas na indústria alemã impactaram fortemente os resultados de uma pesquisa aplicada junto a gerentes de compras, sinalizando que a atividade quase parou no mês de julho.
Segundo os resultados publicados pela S&P Global, a pesquisa apresentou queda no índice da atividade ao invés do ligeiro crescimento previsto anteriormente por uma pesquisa da Reuters, que esperava um aumento, comparativamente ao mês de junho, de 50,9 para 51,1, e não 50,1, como foi constatado — sendo 50 pontos o limite equivalente à contração da atividade econômica.
Os analistas alertam que as tensões comerciais e a incerteza política provavelmente vão causar um desaceleramento no crescimento do segundo trimestre quando os dados forem divulgados na próxima semana, alerta a apuração do FT.
A economia da zona euro estagnou durante grande parte do ano passado, mas passou a crescer no primeiro trimestre deste ano, expandindo 0,3%, à medida que a inflação abrandou mais do que os salários para aumentar o poder de compra das famílias.
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"É perturbadora a forma como as empresas do setor industrial estão reduzindo os postos de trabalho mês a mês", disse Cyrus de la Rubia, economista-chefe do Hamburg Commercial Bank à apuração do FT.

Na semana passada, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas de juros com medo do resultado econômico do bloco. A presidente Christine Lagarde chegou a dizer que "os riscos para o crescimento econômico estão inclinados para o lado negativo", observando ainda que para além dos dados constatados pela pesquisa o investimento também "permanece fraco". Contudo, especialistas do setor financeiro esperam que o BCE faça um corte nas taxas de juros na reunião de setembro, mesmo com a inflação persistente no setor de serviços em função da pressão pelo crescimento salarial.
Ainda segundo a pesquisa, a Alemanha apresentou resultados visivelmente mais fracos do que o previsto se comparada a países como a França, por exemplo, sinalizando uma contração da atividade empresarial do país, mesmo com o aumento da confiança do consumidor de acordo com resultados de pesquisas publicadas paralelamente pela GfK e pelo Instituto de Nuremberg para Decisões de Mercado.
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