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Amazônia: em situação de escassez hídrica, rio Madeira registra cota mínima e gera alerta

Dados do Serviço Geológico do Brasil (SGB) revelaram nesta terça-feira (30) que o nível do rio Madeira, em Porto Velho (AC), caiu para 2,56 metros, a menor cota registrada para o período. O baixo volume coloca a bacia em situação de alerta e gera temores de novos impactos na região amazônica.
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Após cair 35 centímetros em apenas sete dias, o rio Madeira já gera preocupação por conta do baixo nível das águas, o que já pode provocar restrições na navegação — o trecho entre Porto Velho e Itacoatiara (AM) é uma das principais hidrovias da região, com mais de mil quilômetros, e responde por 9,2% de tudo que é transportado no país por vias interiores.
"O rio chegou a níveis baixos muito cedo. Se houver atraso no início da estação chuvosa, o Madeira pode permanecer por muito tempo com restrições à navegação, o que pode provocar impactos para a disponibilidade hídrica e principalmente para a navegação", afirmou à Agência Brasil o pesquisador do SGB, Marcus Suassuna.
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No mesmo período do ano passado, o nível do curso hídrico, que também é responsável pelo abastecimento de mais de 460 mil pessoas na capital acreana, estava em 4,56 metros, quase o dobro. A redução do volume antes do previsto ocorreu por conta das precipitações abaixo da média no último período chuvoso, entre novembro do ano passado e abril de 2024.
A Agência Nacional de Águas (ANA) já declarou na última segunda (29) situação de escassez quantitativa de recursos hídricos nas regiões dos rios Madeira e Purus, além dos afluentes que ficam no sudoeste do Amazonas.
Mais de 43% da bacia do Rio Madeira está no Brasil, enquanto a Bolívia detém 49,4% e Peru conta com 7,6% do total. O curso hídrico também conta com as hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, responsáveis por 6,7% da geração de energia elétrica no país.
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