"Foram convocados judicialmente os dez candidatos. Compareram à convocação judicial nove, enquanto o candidato do fascismo voltou a faltar", acusou o mandatário latino-americano.
"González Urrutia não deu a cara a tapa. O que ele planeja? Mais violência? Tem outros criminosos escondidos que não capturamos para atacar hospitais, ônibus, para queimar bases policiais, para queimar veículos de cidadãos? Por que ele se esconde?", afirmou Maduro no TSJ.
O Tribunal Supremo de Justiça decidiu na última quinta (1º) iniciar uma investigação dos resultados eleitorais, depois que Maduro apresentou um recurso com o objetivo de que a Corte decidisse sobre um suposto ataque ao processo eleitoral por parte da oposição. Segundo Maduro, esse ataque visaria "impulsionar um golpe de Estado" no país.
A presidente do órgão, Caryslia Rodríguez, instou os participantes do processo eleitoral a entregarem seus documentos legais e a acatarem a sentença sobre a investigação.
Na sua intervenção, Nicolás Maduro destacou que chegou a ser informado de que "os dez candidatos estavam confirmados" e, posteriormente, recebeu uma ligação informando que "não havia consenso na Plataforma Unitária [partido que agrega a oposição] para comparecer".
O mandatário sublinhou que compareceu ao órgão de "máximo nível jurídico constitucional, institucional e judicial" com a vontade de entregar 100% das atas do processo eleitoral.
"Comparecemos com respeito perante os máximos magistrados da República, e eu posso dizer a toda a Venezuela que estamos preparados para entregar todos os documentos legais, 100% das atas e tudo o que for requerido para ser revisado pelo máximo tribunal de Justiça, como contempla a Constituição de maneira sábia", indicou.
Horas antes, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ratificou a vitória de Maduro em um segundo boletim, com 96,87% das atas apuradas das eleições presidenciais do último domingo (28), confirmando a reeleição com 51,95% dos votos, enquanto González obteve 43,18%.
De acordo com o CNE, as eleições alcançaram uma participação de 12.386.669 de pessoas, equivalente a 59,97% de todos os eleitores registrados na Venezuela. Ao todo, foram contabilizados 12.335.884 votos válidos.
Em 28 de julho, a Plataforma Unitária Democrática (PUD) rejeitou os resultados e anunciou como "presidente eleito" o candidato González.