O estudo considera quatro sistemas naturais fundamentais para o clima da Terra: as correntes oceânicas, a floresta amazônica e as geleiras do Ártico e da Antártica.
A destruição de pelo menos um desses sistemas como resultado do aumento das temperaturas globais levaria a um efeito dominó e a um ponto de virada no desenvolvimento do clima do planeta.
Segundo o estudo, se as atuais tendências climáticas continuarem neste século, o risco do "ponto de virada" será de 45%. O risco também aumentará a cada aumento de 0,1°C na temperatura depois que o limite de 1,5°C for ultrapassado.
Os cientistas concluíram que, para evitar essa situação, é necessário atingir e manter zero emissões de gases de efeito estufa até 2100.
"Nossos resultados ressaltam que reduções rigorosas de emissões na década atual são essenciais para a estabilidade planetária", disseram.
Anteriormente, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que a temperatura da Terra pode aumentar 2,8°C até o final do século se os países não intensificarem suas estratégias de descarbonização.
Um convênio importante nessa área é o Acordo Climático de Paris de 2015, que prevê medidas para limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C, com um máximo de 2°C até 2100.