De acordo com o comunicado da agência espacial dos EUA, divulgada pela Reuters, NASA e SpaceX têm discutido planos potenciais para deixar dois assentos vazios em um próximo lançamento da Crew Dragon para os astronautas da NASA, Butch Wilmore e Suni Williams, que chegaram à EEI com a Starliner da Boeing, retornarem à Terra.
A missão de teste dos astronautas, inicialmente esperada para durar cerca de oito dias na estação, foi prolongada por problemas no sistema de propulsão da Starliner que têm colocado em dúvida a capacidade da espaçonave de oferecer segurança em sua viagem de retorno à Terra.
Falhas no propulsor durante a aproximação inicial da Starliner à EEI em junho e vários vazamentos de hélio — usados para pressurizar esses propulsores — fizeram a Boeing iniciar uma campanha de testes para entender a causa e propor correções à NASA, que tem a palavra final ante o problema.
Usar uma nave da SpaceX para retornar astronautas que a Boeing havia planejado trazer de volta na Starliner seria um grande golpe para uma gigante aeroespacial que tem lutado por anos para competir com a SpaceX e sua Crew Dragon mais experiente.
Na manhã de terça-feira (6), a NASA, usando um foguete SpaceX e uma cápsula Northrop Grumman, entregou uma remessa de rotina de alimentos e suprimentos para a estação, incluindo roupas extras para Wilmore e Williams, além de preparar uma nova ala para que os astronautas possam ser acomodados a partir de setembro.
A missão de alto risco da Starliner é um teste final necessário antes que a NASA possa certificar a espaçonave para voos de astronautas de rotina de e para a EEI. Além de problemas de gestão e vários problemas de engenharia, a espaçonave custou à Boeing US$ 1,6 bilhão (cerca de R$ 9,04 bilhões) desde 2016, incluindo US$ 125 milhões (mais de R$ 706,1 milhões) da atual missão de teste da Starliner.