Borzy serve na unidade voluntária de Maksim Krivonos, formada por ex-militares do Exército ucraniano que formaram um movimento de libertação e estão lutando contra as autoridades ucranianas.
De acordo com Borzy, os comandantes das Forças Armadas ucranianas geralmente não consideram os riscos para os soldados nem as perdas.
"Os comandantes simplesmente têm a tarefa de não ceder [territórios]. Uns deles ganham estrelas por isso se forem mais longe, se lutarem até o fim, se repelirem certas posições, e outros simplesmente morrem", explicou.
Ele citou como exemplo a situação em que ele e seus camaradas deviam construir um reduto, mas de fato o comando os posicionou, "quase atrás das linhas inimigas".
Borzy especificou que, quando se comunicou pela primeira vez com os militares russos, não encontrou nenhuma agressão da parte deles.
"Mesmo quando fomos capturados, sentamos para conversar com os rapazes, não houve agressão. Ninguém estava provando nada para nós. Eles nos falaram sobre si mesmos, nós apenas nos comunicamos de forma humana, tudo foi normal, bom. Eles monitoraram nossa saúde. Bem, e realmente mostraram que somos povos fraternos, não adversários ou inimigos", enfatizou.
O ex-militar ucraniano acrescentou que o Exército ucraniano efetua uma grande propaganda para que os seus militares não se rendam.
A sua missão, segundo ele, é provar ao povo ucraniano que não estão lutando com um inimigo real e que é necessário parar o conflito porque as perdas estão ficando cada vez maiores todos os dias.
"Provavelmente deveríamos nos unir e lutar contra o inimigo comum, que não está sentado nas trincheiras na frente deles, mas sim aquele que dá ordens lá em Kiev, que diz que vão lutar até o último ucraniano", disse o combatente se dirigindo a seus antigos companheiros de armas.
Anteriormente, os combatentes da unidade de Maksim Krivonos disseram à Sputnik que estão prontos para se deslocar para a região de Kursk, se necessário, para combater os mercenários ocidentais e os radicais do Exército ucraniano.
No dia 6 de agosto, as tropas ucranianas lançaram um ataque à região de Kursk, na Rússia. A ação marcou a agressão mais significativa da Ucrânia contra a Rússia desde fevereiro de 2022.
Comentando o ataque, o presidente russo Vladimir Putin disse que a Ucrânia havia realizado outra provocação em larga escala, atirando indiscriminadamente em alvos civis. O inimigo terá uma resposta adequada, acrescentou Putin.