Panorama internacional

Hamas se concentrará no cessar-fogo e troca de prisioneiros nas negociações, diz liderança à Sputnik

Os negociadores do Hamas buscarão um cessar-fogo e uma troca de prisioneiros durante as negociações mediadas com Israel no Cairo, disse à Sputnik neste sábado (24) Taher El-Nounou, conselheiro de mídia do líder político do Hamas.
Sputnik
"A delegação nas negociações do Cairo se concentrará em duas exigências principais: um cessar-fogo e uma troca de prisioneiros", disse o conselheiro de mídia.
Essa é a orientação apesar de os líderes do Hamas não esperarem ver qualquer avanço nas negociações, disse El-Nounou. A liderança argumentou ainda que "o outro lado é criminoso e violará suas obrigações."
Uma nova rodada de negociações sobre um acordo entre Israel e Hamas para um cessar-fogo na Faixa de Gaza e a liberação de reféns pode ocorrer no domingo (25). O diretor da agência de inteligência dos EUA, CIA, Bill Burns, o primeiro-ministro do Qatar, Mohammed bin Abdulrahman Al-Thani, e altos funcionários de Israel e Egito devem participar.
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Israel recusa missões humanitárias

Israel negou acesso a 125 missões humanitárias na Faixa de Gaza desde o início de agosto, informou o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da Organização das Nações Unidas (ONU) nos territórios palestinos ocupados.
Segundo o escritório, 147 missões humanitárias estavam programadas para o norte de Gaza, mas Israel recusou 46 delas. De acordo com a agência da ONU, 278 missões foram programadas para o sul do enclave, mas as autoridades israelenses negaram a realização de 79 delas.
Os dados israelenses indicam que 109 reféns ainda permanecem no cativeiro do Hamas, dos quais cerca de 40 estariam supostamente mortos. Por meio de várias operações e esforços humanitários, 146 pessoas foram liberadas até agora do cativeiro do Hamas, incluindo reféns mortos cujos cadáveres foram removidos do enclave.
A situação na fronteira entre Israel e Líbano se intensificou após o início das operações militares israelenses na Faixa de Gaza em outubro de 2023, depois de um ataque coordenado pelo movimento palestino Hamas a mais de 20 comunidades israelenses. O episódio deixou aproximadamente 1,1 mil mortos e cerca de 5,5 mil feridos, além de mais de 200 reféns.
Em retaliação, Israel lançou uma declaração de guerra contra o Hamas e iniciou uma série de bombardeios contra a Faixa de Gaza, que até agora resultaram na morte de mais de 40 mil pessoas e deixaram mais de 93 mil feridos, segundo as autoridades locais.
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