Panorama internacional

Snowden critica Macron por fazer CEO do Telegram refém para espionar conversas privadas

Edward Snowden, ex-contratado da Agência de Segurança Nacional dos EUA que fez várias denúncias de espionagem do órgão contra governos e autoridades mundo afora, acusou neste domingo (25) o presidente francês, Emmanuel Macron, de tornar o CEO do Telegram, Pavel Durov, como refém para garantir acesso clandestino ao popular aplicativo de mensagens.
Sputnik
"A prisão de Durov é um ataque aos direitos humanos básicos de liberdade de expressão e associação. Estou surpreso e profundamente triste que Macron tenha descido ao nível de torná-lo refém como um meio de obter acesso a comunicações privadas. Isso rebaixa não apenas a França, mas o mundo", declarou Snowden no X.
Durov, que possui dupla cidadania russo-francesa, foi detido em um aeroporto ao norte de Paris no último sábado (24).
O empresário de 39 anos enfrenta uma ampla gama de acusações relacionadas ao uso do aplicativo de mídia social, incluindo terrorismo, tráfico de drogas, fraude e lavagem de dinheiro. Os supostos crimes podem render até 20 anos de prisão.
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Moscou solicitou acesso a Durov, que foi negado

A representante oficial do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova, disse que o país vai acompanhar a reação de organizações internacionais à prisão do fundador do Telegram.
"Vamos levar em consideração em nosso trabalho o comportamento e as reações das organizações internacionais que em outros casos fizeram pressão política, informacional e psicológica sobre nosso país. Realmente queremos ver e monitoraremos que tipo de atenção elas darão à proteção dos direitos humanos e à liberdade de expressão", disse Zakharova à emissora Rossiya 24.
Quando questionada se Moscou recorreria a organizações internacionais se a detenção de Durov se prolongar, Zakharova disse que seus advogados deveriam discutir as etapas necessárias. Além disso, a pasta enviou uma nota à França exigindo acesso consular a Durov.
"Foi enviada uma nota para exigir acesso. Mas ele tem cidadania francesa, que a França considera primária", disse Zakharova.
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