"A presença do nosso presidente nesta grande reunião de presidentes está confirmada", disse a ministra, quando questionada se Luis Arce tinha finalmente aceitado o convite do seu homólogo russo, Vladimir Putin.
Sosa destacou que a Bolívia tem grande interesse e motivação para fazer parte do BRICS, bloco originalmente formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, e que ganhou novos agregados no começo deste ano.
"Estamos fazendo lobby junto a todos os países, que são cinco países muito importantes. (...) Então esperamos poder realmente contar com o apoio para que a Bolívia também faça parte do BRICS" disse a chanceler.
A ministra sustentou que o seu país poderia contribuir para o grupo com as suas riquezas naturais e, em troca, poderia se beneficiar do apoio dos outros membros para a sua industrialização.
"A Bolívia é um país muito rico, tem muitas riquezas naturais, por exemplo: lítio, ouro, prata, pedras preciosas. Até as águas são doces, então tem realmente um grande potencial", destacou.
Sosa reconheceu, no entanto, que o processo de adesão ao BRICS pode levar tempo.
"De acordo com todas as informações que temos, há muitos pedidos de diversos países para fazer parte do BRICS, então os procedimentos, a parte regulatória de como será essa incorporação de novos parceiros, estão sendo analisados", afirmou.
No dia 1º de janeiro, a Rússia assumiu a presidência rotativa do BRICS para 2024, ano que começou com a admissão de novos membros.
Além de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, aos quais o grupo deve a sua sigla, inclui agora também Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã.
Atualmente, o grupo representa quase metade da população mundial, mais de 40% da produção global de petróleo bruto e cerca de 25% das exportações mundiais.
A Rússia planeja chegar a mais de 250 eventos organizados em 11 regiões neste ano sob a sua presidência, incluindo a 14ª Cúpula dos BRICS na cidade de Kazan, de 22 a 24 de outubro.