As denúncias de assédio sexual e moral foram divulgadas ontem pela ONG Me Too, e a imprensa indicou que a ministra teria sido uma das vítimas de Almeida.
Na nota, Anielle afirmou que "não é aceitável relativizar ou diminuir episódios de violência" e que o reconhecimento da gravidade do ato de Almeida por parte de Lula, que agiu rapidamente, é o "procedimento correto".
Ela também destacou que "tentativas de culpabilizar, desqualificar, constranger, ou pressionar vítimas a falar em momentos de dor e vulnerabilidade também não cabem, pois só alimentam o ciclo de violência".
A ministra agradeceu as manifestações de apoio e solidariedade e pediu respeito e espaço ao seu direito à privacidade. Ainda garantiu que contribuirá com as investigações sempre que for solicitado.
O Palácio do Planalto divulgou que as denúncias foram consideradas graves e, após Almeida ser convocado para uma conversa no Palácio do Planalto, a demissão do cargo foi realizada.
Fontes do governo informaram à Sputnik Brasil que Lula perguntou ao ministro se ele gostaria de pedir a exoneração de forma voluntária, o que foi negado por Almeida.
Ex-ministro nega denúncias
O ex-ministro Silvio Almeida repudiou as acusações, dizendo que se tratam de mentiras e que esse acontecimento "dói a alma". "Repudio tais acusações com a força do amor e do respeito que tenho pela minha esposa e pela minha amada filha de um ano de idade, em meio à luta que travo diariamente, em favor dos direitos humanos e da cidadania neste país", disse a nota.
O Instituto Luiz Gama, que tem o ministro dos Direitos Humanos como um de seus fundadores, publicou nas redes sociais que as acusações são "mentiras para derrubá-lo".