Em manifestação neste 7 de setembro na Avenida Paulista, em São Paulo (SP), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) cobrou do Congresso Nacional uma postura mais firme em relação ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Bolsonaro pediu o impeachment de Moraes, a quem chamou de "ditador", e voltou a defender a anistia para os presos pelos atos violentos de 8 de janeiro de 2023, conhecidos entre seus apoiadores como "presos políticos".
Durante o ato, o ex-presidente acusou Moraes de manipular inquéritos e até o resultado das eleições de 2022, afirmando, sem provas, que sua derrota teria sido consequência de uma "falha no sistema".
Ele enfatizou a necessidade de "botar freio naqueles que rompem as quatro linhas da Constituição", referindo-se ao STF e, especificamente, ao ministro Moraes.
Bolsonaro também pediu que o Senado tome medidas para limitar a atuação do ministro.
A manifestação, organizada pelo pastor Silas Malafaia, aliado de Bolsonaro, contou com forte esquema de segurança e reuniu uma multidão que ocupou alguns quarteirões da avenida. No entanto, o público presente foi menor do que em eventos anteriores, como o realizado em fevereiro deste ano.
Durante o discurso de Bolsonaro, parte dos manifestantes começou a deixar o local.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, atacou Moraes, puxando grito de "Fora Xandão", e pediu anistia aos presos pelos atos de 8 de janeiro de 2023, quando houve invasão e depredação às sedes dos Três Poderes, em Brasília.
Eduardo também protestou contra a suspensão da rede social X (antigo Twitter) no Brasil, determinada pelo STF após a plataforma, sob controle de Elon Musk, descumprir ordens judiciais.
Durante a manifestação, faixas e cartazes com críticas ao STF e apoio a Elon Musk foram exibidos pelos participantes, enquanto o deputado usou uma camisa com o logotipo do X, também demonstrando seu apoio.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também esteve presente, mas evitou mencionar Moraes em seu discurso, embora tenha apoiado a anistia para os presos do 8 de Janeiro.
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), compareceu ao evento, mas não foi anunciado publicamente.
Anteriormente, Bolsonaro passou mal e foi atendido no Hospital Albert Einstein, mas, mesmo assim, compareceu ao evento.
Diversos deputados e senadores discursaram, entre eles Bia Kicis, Nikolas Ferreira e Magno Malta, que puxaram críticas também ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).